segunda-feira, 17 de setembro de 2012

desafio - emagrecimento introdução


Inicialmente gostaria de reforçar a primariedade deste post, deixando-o mais como "experimento", em verdade - sendo otimista -, um diário aberto para trocas de experiências e dicas, e apesar de, vez ou outra, me utilizar de algum artigo científico que embase método de emagrecimento, não tenho a responsabilidade de aqui divulgar a exata opinião de especialistas. Mas primo pela seriedade e aceito sugestões. Inauguro o primeiro post como um desafio pessoal, de emagrecimento e condicionamento físico, correlacionando boa alimentação, atividade física e "sanidade mental", para quem dispõe de pouco tempo e, principalmente, de poucos recursos financeiros. A intenção aqui é mostrar que com metas claras e objetivas, foco, disciplina, e VONTADE DE MUDAR, qualquer um pode fazer a diferença por si e para si mesmo.

Como se trata de desafio, este post deverá ser trabalhado de forma contínua, dentro de um organograma. Antes de mais nada quero desfazer um erro muito comum, ao menos na minha visão, eu já trabalho (profissão) com prazo, cliente, cobrança, chefe, se o meu processo de emagrecimento for um trabalho extra, certamente ficarei saturada e esgotada e chutarei o balde na metade do caminho, porque eu não vou ter cabeça pra lidar com esse "duplo estresse" numa boa. E se eu ficar estressada a esse ponto, mesmo mais bonita, ou mais magra, estarei mais chata, e afastarei as pessoas de mim, o que pode desencadear baixa autoestima ou desânimo, parando de me cuidar ou, pior, comendo compulsivamente, numa clara tentativa de lidar com a ansiedade gerada. A DICA NÚMERO 1 é: o processo de emagrecimento embora implique em uma disciplina e uma certa abstenção (não se pode comer tudo em qualquer quantidade à hora que bem quiser) tem que ser de certa forma prazeroso, tem que comportar alguma flexibilidade, seja nos finais de semana, ou nos dias festivos. Há mulheres que de TPM não dispensam o bom e velho chocolate; e não há delito nisso. Crime é sentir culpa por ser humana; se exagerou, se dê cartão vermelho e se exercite mais (compensação), o que não pode é entrar em neura!

O que me remete para a DICA NÚMERO 2: aprendi que o hábito se adquire com a prática, de forma gradual; mudanças alimentares que saem do 08 para o 80 dificilmente são bem sucedidas. Se a pessoa só come em fast food, e em casa manda ver no miojo, lasanha congelada e pizza de microondas, com vários molhos condimentados, fazendo isso há anos, o ideal é introduzir verduras e legumes, mas às vezes sim fazer uso do hambúrguer, só tente não fritar a carne, pode assar, e que tal carne de soja?, ou de frango?, substitua o bacon pela salada...Não coma um hambúrguer inteiro, coma meio, só pra saciar a vontade, só pra você sentir que você pode comer sim, não é proibido. O mesmo se dá com biscoito recheado ou bombom, tente comer quando estiver com várias pessoas a sua volta, de forma que se cada um aceitar um, você será obrigado a comer de forma reduzida sem perceber, além da satisfação que é dividir coisas boas com pessoas de quem gostamos. Daí porque é importante cada um conhecer os seus hábitos (principalmente os maus) para montar o seu organograma (personalíssimo). 

Partindo para a DICA NÚMERO 3. Vou confessar que comprei a revista xx (não estou sendo paga, logo sem propaganda) cuja capa aparece a Isis Valverde de maiô, linda, e a contracapa, é a Grazi, outra linda, poderia aqui citar outros exemplos de beleza e boa forma,  mas o que me interessa é a dica: não as tome como modelo (ou, ao menos, cuidado ao fazer isso), se você é a maria tamanho, sei lá, 50, tenha em mente que você será feliz sendo a maria, por exemplo, tamanho 44 ou 42 (o tamanho que você quiser), nunca sendo outra pessoa que não a maria.  Não estou radicalizando. Se a pessoa tem a mesma estrutura de corpo e altura similar a sua e você soube que a famosa x deu uma entrevista dizendo que fez "assim e assado" e funcionou, pode até tomar como parâmetro, um exemplo, uma motivação. A minha preocupação é com a cabeça. Há quem, por mais que emagreça ou engorde, ou faça qualquer intervenção estética reparadora, a depender do caso concreto, nunca esteja satisfeita consigo mesma, aí ultrapassa a questão da vontade meramente de mudar para uma situação melhor, mais saudável, e seria realmente o caso de procurar uma ajuda com um profissional adequado.

Para mim, uma pessoa adulta que sempre teve problema com a balança e vive no efeito sanfona, e por isso fala com propriedade de causa, essas seriam as três grandes dicas iniciais para que possamos juntos analisar ONDE NOS ENCONTRAMOS. Sempre achei que não adianta muito seguir o script de uma dietinha padrão e de uma série de exercícios, se não houver uma atenção paralela no quesito "como está minha cabeça", e "por que que estou fazendo (ou não fazendo) isso". É um exercício de autoconsciência que vale a pena fazer...no início pode ser difícil se concentrar...pode ser até meio perturbador...mas de forma alguma é destrutivo, ao contrário. São perguntas do tipo: como eu poderia estar, como eu mereço estar, o que eu posso fazer para chegar lá, o que realmente me atrapalha a conseguir isso, o que são desculpas criadas por mim, como posso eliminar esses obstáculos, como posso implementar na minha rotina alguma atividade compatível com meus horários, quais pessoas ao meu redor me puxam pra baixo (se afaste delas), o que me faz feliz. Isso está longe de ser um roteiro: as perguntas são suas, de acordo com suas necessidades. 

Agora que você está começando a entender ONDE VOCÊ ESTÁ é que você vai rascunhar o seu cronograma, respeitando quem você é, seus hábitos, suas necessidades - que, com certeza, não são iguais as minhas, nem as de qualquer outro ser - , seus ideais de bem estar (felicidade); e obviamente é mais que aconselhável ter um respaldo médico, certo? (vamos fazer check-up, procurar cardiologista, ver se está tudo ok). Recapitulando: é necessário ser flexível, e encarar o processo de emagrecimento com seriedade e disciplina (envolve hábitos, metas), porém sendo prazeroso; a mudança alimentar e a prática de exercícios devem ser acompanhadas e estudadas, e introduzidas de forma gradual (nada de exageros, cuidado com as palavras nunca, jamais, proibida) - uma boa maneira de controle é dividir o que se iria comer (se calórico) com outras pessoas, montar um diário, escrever um blog, tente substituir os alimentos, pra que pedir um "x-tudo" ou um "egg-cheese-bacon"? peça um sanduíche simples ou um queijo quente, pra que pedir a pizza mais gordurosa do mundo, peça uma marguerita. Tenho um amigo que diz: _ Saiba gastar seu dinheiro com comida, um porque engorda, dois porque você está torrando dinheiro com cocô; no final tudo vira isso mesmo. Uns achariam um horror um post tão bem encaminhado, terminar com uma pérola desta, outros clamariam: e o paladar?! Lógico que é uma piadinha interna, um pouco sem graça, mas que "no fundo tem seu fundo" de verdade. Vamos sim nos preocupar com os nutrientes, com o que o nosso corpo precisa para viver bem e saudável, e vamos ser felizes, e sentir prazer também nesse ato sociável que é o comer, mas moderação é a chave.

E é lógico que este post é tão pra mim quanto para quem com ele se identifique e queira se juntar. No processo de saber ONDE ESTOU descobri que preciso mais de vocês, mais estar aqui, do que ser propriamente uma conselheira - que nem é tão bem esse o meu papel - e o trocaria sem dúvida por uma amiga que necessita de um tempo para "pôr para fora" aquilo que de ordinário a gente não partilha com os comuns por ser desinteressante ou incompatível com os demais ao nosso "arredor". Esse blog tem por lema "mudar de vida" e começa com a questão do emagrecimento, mas não se restringe a isso, qualquer mudança necessária para nos melhorarmos pode vir a ser tema de uma eventual discussão, e que fique registrado que o caráter aqui impresso é sempre altruísta, nunca negativador. Que possamos dividir as dúvidas, as dicas, os anseios, dar-nos força mutuamente, e registrar as vitórias. 

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